JOGO MENOS CONSEGUIDO, MAS RESULTADO INJUSTO
O tranquilo Beira-Mar recebeu um Marítimo sobre brasas, vindo de uma chicotada psicológica.
A partida começou com uma excelente oportunidade para o Beira-Mar marcar, logo no primeiro minuto de jogo, contudo o guarda-redes Marcelo opôs-se bem, realizando uma excelente defesa.
Os primeiros quinze minutos foram repartidos, com possibilidade de golo nas duas balizas. Contudo, a partir desta altura o Marítimo dominou e acercou-se da área Beiramarense, trazendo algumas dificuldades aos Auri-Negros. Por sua vez o Beira-Mar não conseguia sair da sua linha defensiva com a bola jogável, falhou diversos passes, o que foi enervando a equipa.
O culminar desta situação aconteceu a cerca de dez minutos do intervalo, com um passe em profundidade da equipa insular para a corrida de Babá, o qual ganhou posição a Hugo e, à saída de Rui Rego, inaugurou o marcador. Deste lance ficou a ideia que Hugo deveria ter feito melhor, embora se tenha comportando em alto nível durante todo o restante tempo da partida.
Perto do final da primeira parte, devido a uma agressão com o cotovelo a Kanu, o maritimista Kléber viu a cartolina vermelha, ficando a sua equipa reduzida a dez elementos.
Com superioridade numérica, após o intervalo Leonardo Jardim operou duas substituições fundamentais para inverter o rumo dos acontecimentos: saíram Artur e João Luís, entraram Ronny e Alex Maranhão. Assim, o Beira-Mar passou a jogar em 4x4x2, com Maranhão a encostar-se à esquerda e Ronny a acompanhar Rui Varela no ataque.
Os efeitos não se fizeram esperar, pois à passagem do quinto minuto da etapa complementar o Beira-Mar chegou à igualdade, com um cruzamento de Maranhão para o segundo poste, onde Wilson Eduardo recebeu a bola de peito, amortecendo-a para a entrada fulgurante de Rui Sampaio a fuzilar autênticamente as redes à guarda de Marcelo.
A partir daqui só deu Beira-Mar, se bem que a espaços o Marítimo fosse realizando alguns contra-ataques, onde se destacava Djalma, mas os Auri-Negros dominavam e tudo faziam para chegar à vitória.
Apesar desta atitude, o anti-jogo do Marítimo também fez das suas, para mais com o patrocínio do árbitro da partida, Soares Dias, sendo um bom exemplo o momento em que Maranhão pretendia cobrar um livre de forma rápida, sendo impedido de o fazer por um adversário, com este cenário foi beneficiado quem não deixou o jogo evoluir, sendo inclusivamente mostrado o cartão amarelo ao jogador do Beira-Mar.
O encontro aproximou-se rapidamente do final, com os Auri-Negros a disporem de várias ocasiões para marcar, mas sem o conseguirem, até que ao minuto noventa, após uma bola bombeada para a área, existe o cabeceamento de um Beiramarense que possibilita o remate a Hugo para o segundo golo do, contudo o mesmo foi anulado por pretenso fora-de-jogo. Esta situação, no mínimo deixa muitas dúvidas, e se acontecesse com uma equipa "grande" seria caso para debate durante toda a semana.
O Beira-Mar pode não ser "grande" no país, mas mais uma vez foi Enorme no trabalho em campo.
